terça-feira, 29 de março de 2011

Won't go quietly.


O que eu planejei no post anterior até teve uma repercussão boa. Eu não esperava que despedidas fossem de alguma maneira algo bom, por mais que deixasse saudade de ambos os lados. Ultimamente, o que me anda ajudando bastante são músicas. Sim, músicas. Meu eu interior gosta bastante de se 'infiltrar' na letra e saber que pode corresponder aquele sentimento em palavras, ou melhor, em cifras e notas. Um sentimento de força de vontade, que seja até mesmo movido pela raiva ou pelo desejo de independência, me move pra frente e eu não sei se devo continuar, parar. Só sei que me sinto bem nesses casos.

Sim, é raro um post daqui ser um texto de... estar me sentindo bem. Sempre me esqueço que também posso postar aqui quando me sinto bem. Me sinto bem deixando pessoas pra trás, sentimentos. Memórias ficam na cabeça que mais me parecem como cicatrizes do que medalhas. Me sinto mais importante carregando cicatrizes do que troféus e ouro. Pra mim, vale muito mais carregar aquilo como esforço bem sucedido, que ultrapassei a barreira de espinhos; me machuquei mas consegui. Não, não vou cair nessa de me vangloriar de dores e sofrimentos. Me vanglorio de glória e só dela.

Eu aprendi muita coisa boa, no passado. Por mais que as ultimas tenham sido através de solidão ou de abandono, isso me ensinou a não ser tão... utópico. Sempre dizem que aqueles de escorpião são sonhadores, que não tem muito pé no chão. Posso me grifar nessa parte, com certeza. Entretanto, não me envergonho de ser assim; sonhar nunca é demais, mas aprendi que é bom sempre manter o pé no chão. Pelo menos um... Se cair, é pra aprender mesmo.

Eu não via nada na minha frente, sem muita chance de sucesso. Apesar de ainda sentir isso, como dito no post "Breu.", eu sinto uma iminência de algo bom, acontecendo. Talvez seja a independência, saber que posso me virar sozinho, sem me importar mais com aquilo que me machucava toda noite. Era como deitar numa cama de facas, ou talvez me cobrir com um cobertor de gelo. Hoje me vejo bem. Me vejo queimando em atitudes e palavras, como se tivesse nascido pra apontar o caminho e dar testadas em quem me passar pelo caminho, querendo atrapalhar.

Entretanto, não viro pra trás. Aqueles que querem me seguir, me sigam. Façam jus ao seus nomes e renomes. Mas não sou tão egoísta assim... Sei que pareci bastante nesse post mas, acredite, raramente sou. Sério mesmo. Sempre dou moedas à quem me pede e nunca nego ajudas. Pode até perguntar pra quem for... Pelo menos até aonde eu sei na minha concepção de prestativo, eu tento ser bastante. Levo meus amigos comigo no meu peito e estes é quem defendo de peito aberto e mão fechada.

Não sei se ficou tão bom. Eu sou meio difícil com as palavras, as vezes sinto que não expressei tudo que queria expressar e não quero fazer textos grandes. As vezes pode acabar parecendo contraditório, vai saber. Muita pouca gente lê por aqui mesmo e não me importo muito com a fama desse blog. Aqui seria mais um confessionário de mim para mim mesmo do que algo para outros lerem.

Bem, se você, leu... Legal, valeu. Conhece um pouco mais de mim e da minha situação atual.
Erm... Obrigado, eu acho. Até a próxima.

sábado, 19 de março de 2011

São coisas que somente o tempo irá curar.

Mais uma tarde. Mas essa vai ser uma das últimas iguais as de ultimamente. A pouco tempo, eu vim me superando e estou gostando disso. Minha iniciativa e ousadia nessas ultimas semanas vem se revolucionando e, com o tempo, venho percebendo a falta que isso me fazia.

Eu não sei ao certo, não sei se é certo mas é de praxe que eu sempre me afasto por um tempo das coisas que me aproximo. Quando começo a ver obstáculos que não dependem diretamente da minha pessoa, fico perdido e não sou de pedir favores a outros para que façam para mim. Como já dizia a muito tempo, fui acostumado a lidar com as minhas coisas a minha maneira e que só eu faça elas. Não gosto de depender, não gosto de pedir, nem de mandar.

Vejo que algumas coisas aqui nesse lugar me tiram a calma, me tiram o sorriso do rosto e me molham a face, quando permito que isso aconteça. Mas não é a questão de permitir ou não que cabe a mim. Algumas passam direto, atingindo em cheio os pensamentos e desilusões. Me pego fantasiando, pensando, imaginando como seria de tal maneira, como seria se não fosse, como seria se não me conhecessem. Pode ser covardia minha dizer isso, eu sei. Mas quem nunca se pegou pensando, doendo e imaginando se sentem a mesma coisa que você.

E são nessas horas que penso em lidar o meu caminho, sozinho, sem ninguém ao lado nem atrás. Deixar tudo para trás, deixar as pessoas para trás, pensamentos e tentar o desconhecido, com medo, com coragem, com ousadia e fé. Não fé Dele, mas a fé em si mesmo, no sentido de esperança, de acreditar em algo que não seja lá muito válido mas que ainda assim você acredita que vá dar certo ou que pelo menos te notem. Sou pequeno, ingênuo, jovem, ainda assim, me vejo também velho, experiente, forte, capaz. Talvez seja dessa indecisão, indiferença ou até mesmo a teimosia que me deixa viver assim.

Não sei ainda. Estou meio indeciso se devo mesmo ou não. Deixar para trás essas coisas que amo e odeio ao mesmo tempo. Eu sei que a dor é feita pra a gente ainda se sentir vivo, são. Mas as certas incertezas que me doem no fundo da alma são de irrefutáveis sofrimento. E de sofrimento ninguém quer viver, não vou me vangloriar deste. Talvez o meu medo de testemunhar um final seja o motivo de querer 'fugir', de querer sumir sem deixar rastro.

Um lobo solitário sempre será um lobo solitário. Incerto?