Mais uma tarde. Mas essa vai ser uma das últimas iguais as de ultimamente. A pouco tempo, eu vim me superando e estou gostando disso. Minha iniciativa e ousadia nessas ultimas semanas vem se revolucionando e, com o tempo, venho percebendo a falta que isso me fazia.
Eu não sei ao certo, não sei se é certo mas é de praxe que eu sempre me afasto por um tempo das coisas que me aproximo. Quando começo a ver obstáculos que não dependem diretamente da minha pessoa, fico perdido e não sou de pedir favores a outros para que façam para mim. Como já dizia a muito tempo, fui acostumado a lidar com as minhas coisas a minha maneira e que só eu faça elas. Não gosto de depender, não gosto de pedir, nem de mandar.
Vejo que algumas coisas aqui nesse lugar me tiram a calma, me tiram o sorriso do rosto e me molham a face, quando permito que isso aconteça. Mas não é a questão de permitir ou não que cabe a mim. Algumas passam direto, atingindo em cheio os pensamentos e desilusões. Me pego fantasiando, pensando, imaginando como seria de tal maneira, como seria se não fosse, como seria se não me conhecessem. Pode ser covardia minha dizer isso, eu sei. Mas quem nunca se pegou pensando, doendo e imaginando se sentem a mesma coisa que você.
E são nessas horas que penso em lidar o meu caminho, sozinho, sem ninguém ao lado nem atrás. Deixar tudo para trás, deixar as pessoas para trás, pensamentos e tentar o desconhecido, com medo, com coragem, com ousadia e fé. Não fé Dele, mas a fé em si mesmo, no sentido de esperança, de acreditar em algo que não seja lá muito válido mas que ainda assim você acredita que vá dar certo ou que pelo menos te notem. Sou pequeno, ingênuo, jovem, ainda assim, me vejo também velho, experiente, forte, capaz. Talvez seja dessa indecisão, indiferença ou até mesmo a teimosia que me deixa viver assim.
Não sei ainda. Estou meio indeciso se devo mesmo ou não. Deixar para trás essas coisas que amo e odeio ao mesmo tempo. Eu sei que a dor é feita pra a gente ainda se sentir vivo, são. Mas as certas incertezas que me doem no fundo da alma são de irrefutáveis sofrimento. E de sofrimento ninguém quer viver, não vou me vangloriar deste. Talvez o meu medo de testemunhar um final seja o motivo de querer 'fugir', de querer sumir sem deixar rastro.
Um lobo solitário sempre será um lobo solitário. Incerto?
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