segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bad company

Pois é, blog. Aqui 'tou eu de novo. Depois dessa guerra, eu vejo que tudo valeu a pena. Tudo com ela valeu a pena. Não vou mentir, eu ainda sinto falta. Sinto falta do abraço. Sinto falta dela. Mas eu nem sei mais quem é ela.

'Cê pode me chamar de traidor, de encalhado mas eu estou sendo sincero. Não vou mentir. Pelo menos uma vez por semana os sonhos voltam e eu nunca esqueço daquele outro também. O frio, a escuridão, o cinza... O choro. Eu acordei e me senti bem mas depois voltou, senti a cruel realidade invadindo o quarto, o rosto tava molhado e as olheiras. Eu lembro, lembro bem. Eu me senti perdido. Não podia voltar ao sonho porque lá eu também não tinha ninguém. Não queria ficar acordado porque ali eu também não tinha ninguém. Literalmente, sem saída. Ela ainda assusta os meus sonhos, eu acordo com a impressão de que eu ainda estou no passado. Ela é como um fantasma; tudo se remete a ela, posso não vê-la mas sei que está presente. Intocável, invisível. É uma merda. Uma merda bem feita.

As vezes eu sinto como se eu fosse perdido. Teve uma época na qual eu brincava que iria ser rico, solteiro, independente em minha casa. Porque achava que não acharia uma garota legal. Hoje, isso parece bem real. Esses dias me peguei pensando que todo escorpiano tem um veneno. Eu não sei ao certo qual seria o meu, acho que algo como raiva, ódio, aquela coisa de "não quero olhar pra você". E quem a gente "beija", talvez fique assim.

Eu não ando conseguindo gostar. Vejo eu mesmo, agora e no passado e tenho dó. E essa dó me deixa com raiva. Me deixa nervoso e sinto a vontade imensa de quebrar a parede em três. As vezes queria dar uma de covarde e me dá desejo de um coma, uma amnésia das pessoas... dela, pra ser exato. Eu sempre digo que as cicatrizes são sinais das nossas lutas e que deveríamos nos orgulhar delas porque são sinais de que sobrevivemos aquele momento. Mas eu não me sinto orgulhoso disso... Sinto como se tivesse errado em algum ponto, me tornado chato, impaciente, indiferente demais as reações alheias. Eu ainda lembro: "Você não fez nada. Não é culpa sua". Eu sei que não. Mas não consigo negar o pensamento de que foi eu quem fodeu tudo. Eu sei que foi. É aquela coisa que a gente sente no ar.

Se eu pudesse... eu voltava no tempo. Eu voltava, sem pensar duas vezes. Eu voltava.
Faria diferente, eu me arrependo de ter errado. Hoje eu vejo que errei. Errei muito, não disse "te amo" da maneira que eu queria, por medo de parecer piegas. Não beijei da maneira que eu queria por estar preguiçoso. Não fiquei até tarde trocando mensagens por que queria dormir.

Se eu pudesse... eu pedia perdão. De joelhos. De verdade.

Se.

terça-feira, 29 de março de 2011

Won't go quietly.


O que eu planejei no post anterior até teve uma repercussão boa. Eu não esperava que despedidas fossem de alguma maneira algo bom, por mais que deixasse saudade de ambos os lados. Ultimamente, o que me anda ajudando bastante são músicas. Sim, músicas. Meu eu interior gosta bastante de se 'infiltrar' na letra e saber que pode corresponder aquele sentimento em palavras, ou melhor, em cifras e notas. Um sentimento de força de vontade, que seja até mesmo movido pela raiva ou pelo desejo de independência, me move pra frente e eu não sei se devo continuar, parar. Só sei que me sinto bem nesses casos.

Sim, é raro um post daqui ser um texto de... estar me sentindo bem. Sempre me esqueço que também posso postar aqui quando me sinto bem. Me sinto bem deixando pessoas pra trás, sentimentos. Memórias ficam na cabeça que mais me parecem como cicatrizes do que medalhas. Me sinto mais importante carregando cicatrizes do que troféus e ouro. Pra mim, vale muito mais carregar aquilo como esforço bem sucedido, que ultrapassei a barreira de espinhos; me machuquei mas consegui. Não, não vou cair nessa de me vangloriar de dores e sofrimentos. Me vanglorio de glória e só dela.

Eu aprendi muita coisa boa, no passado. Por mais que as ultimas tenham sido através de solidão ou de abandono, isso me ensinou a não ser tão... utópico. Sempre dizem que aqueles de escorpião são sonhadores, que não tem muito pé no chão. Posso me grifar nessa parte, com certeza. Entretanto, não me envergonho de ser assim; sonhar nunca é demais, mas aprendi que é bom sempre manter o pé no chão. Pelo menos um... Se cair, é pra aprender mesmo.

Eu não via nada na minha frente, sem muita chance de sucesso. Apesar de ainda sentir isso, como dito no post "Breu.", eu sinto uma iminência de algo bom, acontecendo. Talvez seja a independência, saber que posso me virar sozinho, sem me importar mais com aquilo que me machucava toda noite. Era como deitar numa cama de facas, ou talvez me cobrir com um cobertor de gelo. Hoje me vejo bem. Me vejo queimando em atitudes e palavras, como se tivesse nascido pra apontar o caminho e dar testadas em quem me passar pelo caminho, querendo atrapalhar.

Entretanto, não viro pra trás. Aqueles que querem me seguir, me sigam. Façam jus ao seus nomes e renomes. Mas não sou tão egoísta assim... Sei que pareci bastante nesse post mas, acredite, raramente sou. Sério mesmo. Sempre dou moedas à quem me pede e nunca nego ajudas. Pode até perguntar pra quem for... Pelo menos até aonde eu sei na minha concepção de prestativo, eu tento ser bastante. Levo meus amigos comigo no meu peito e estes é quem defendo de peito aberto e mão fechada.

Não sei se ficou tão bom. Eu sou meio difícil com as palavras, as vezes sinto que não expressei tudo que queria expressar e não quero fazer textos grandes. As vezes pode acabar parecendo contraditório, vai saber. Muita pouca gente lê por aqui mesmo e não me importo muito com a fama desse blog. Aqui seria mais um confessionário de mim para mim mesmo do que algo para outros lerem.

Bem, se você, leu... Legal, valeu. Conhece um pouco mais de mim e da minha situação atual.
Erm... Obrigado, eu acho. Até a próxima.

sábado, 19 de março de 2011

São coisas que somente o tempo irá curar.

Mais uma tarde. Mas essa vai ser uma das últimas iguais as de ultimamente. A pouco tempo, eu vim me superando e estou gostando disso. Minha iniciativa e ousadia nessas ultimas semanas vem se revolucionando e, com o tempo, venho percebendo a falta que isso me fazia.

Eu não sei ao certo, não sei se é certo mas é de praxe que eu sempre me afasto por um tempo das coisas que me aproximo. Quando começo a ver obstáculos que não dependem diretamente da minha pessoa, fico perdido e não sou de pedir favores a outros para que façam para mim. Como já dizia a muito tempo, fui acostumado a lidar com as minhas coisas a minha maneira e que só eu faça elas. Não gosto de depender, não gosto de pedir, nem de mandar.

Vejo que algumas coisas aqui nesse lugar me tiram a calma, me tiram o sorriso do rosto e me molham a face, quando permito que isso aconteça. Mas não é a questão de permitir ou não que cabe a mim. Algumas passam direto, atingindo em cheio os pensamentos e desilusões. Me pego fantasiando, pensando, imaginando como seria de tal maneira, como seria se não fosse, como seria se não me conhecessem. Pode ser covardia minha dizer isso, eu sei. Mas quem nunca se pegou pensando, doendo e imaginando se sentem a mesma coisa que você.

E são nessas horas que penso em lidar o meu caminho, sozinho, sem ninguém ao lado nem atrás. Deixar tudo para trás, deixar as pessoas para trás, pensamentos e tentar o desconhecido, com medo, com coragem, com ousadia e fé. Não fé Dele, mas a fé em si mesmo, no sentido de esperança, de acreditar em algo que não seja lá muito válido mas que ainda assim você acredita que vá dar certo ou que pelo menos te notem. Sou pequeno, ingênuo, jovem, ainda assim, me vejo também velho, experiente, forte, capaz. Talvez seja dessa indecisão, indiferença ou até mesmo a teimosia que me deixa viver assim.

Não sei ainda. Estou meio indeciso se devo mesmo ou não. Deixar para trás essas coisas que amo e odeio ao mesmo tempo. Eu sei que a dor é feita pra a gente ainda se sentir vivo, são. Mas as certas incertezas que me doem no fundo da alma são de irrefutáveis sofrimento. E de sofrimento ninguém quer viver, não vou me vangloriar deste. Talvez o meu medo de testemunhar um final seja o motivo de querer 'fugir', de querer sumir sem deixar rastro.

Um lobo solitário sempre será um lobo solitário. Incerto?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Breu.

Bem, eu não sei bem por onde começar por aqui. Na bem da verdade, esse blog nada mais é do que uma tentativa de reativar o Diário De Um Lobo Solitário, outro blog meu no qual ocorreu d'eu perder a senha dele. De qualquer maneira, vou começar a postar por aqui.

Eu não vejo muita coisa daqui pra frente. Esse é o motivo do título desse post. O que eu sinto no momento é... uma desorganização no que eu devo, quero, preciso, tenho que fazer. Desorganização que eu digo não é que seja um caos completo, uma total confusão ou qualquer coisa do tipo; no momento eu vejo todas as possibilidades na minha frente mas não consigo ver o que elas podem acarretar. Talvez seja algum tipo de coincidência, já que antes eu conseguia ver os bens e males de cada coisa e raramente aparecia alguma do qual não tinha noção do que poderia acontecer se eu a seguisse. O que eu vejo agora é isso: uma gama de possibilidades mas que não tenho certeza do que pode acontecer seu eu seguir um caminho.

Desorganizado é como eu estou, agora. Só não tenho minhas expectativas no lugar, só isso. Ainda assim, sofro da mesma contradição, do mesmo dilema. Desisto fácil das coisas, não consigo ler um livro, tenho desinteresse em notícias; esse tipo de coisa que me atormenta desde que me conheço. Não sou fácil de ser impulsionado tampouco ter alguma vontade para terminar um projeto. Desde o final do ano passado eu me sinto assim. Jamais havia sentido isso... Acho que eu estava muito acostumado com a rotina de acabar um ano e logo fazer outro grau na escola. E aí, quando a escola acaba, minha conformação e acomodação se esvai e eu fico um tanto quanto sem chão. Não, eu tive pessoas que me avisaram para planejar o que eu ia fazer, o que eu iria ser e cá estou. Desatenção foi um engano ou erro que cometi por muito tempo e achar que a vida me levaria para algum lugar sem eu pedalar também foi outro.

A sensação de tempo perdido é latente em mim e não vejo como recuperar. Não vejo o caminho para fazer isso nem como irei fazer para achá-lo. Me vejo como alguém simplesmente sem muita visão das coisas e tendo que sobreviver a vida perante os desafios que somos impostos pela grande rotina que criei. É o suficiente para induzir um arrependimento, eu acho, não que já não o tive. E esse breu permanece na minha frente.

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